domingo, 19 de abril de 2009

O Estético e o Belo

As questões acerca do valor da arte, ou de determinadas obras de arte, surgem quando procuramos fundamentar o que dizemos aos outros ou a nós próprios sobre as obras de arte. E a grande maioria das nossas considerações sobre as obras de arte, é, de uma forma ou de outra, juízos de valor.

Quando afirmamos que vale a pena ver um filme ou que o trabalho de um escritor específico deveria ser mais divulgado, estamos a mostrar aos outros que atribuímos valor às referidas obras. Supostamente, como estas são obras de arte, estamos a atribuir-lhe valor estético, ainda que possamos acreditar que estas possuem também valor moral, religioso ou até econômico.

As tentativas de esclarecer as questões acerca do valor estético são variadas e muitas vezes contrárias. Pode considerar-se a experiência estética como tendo valor em si mesmo ou como sendo um meio para atingir valores maiores.


Na estética clássica domina a idéia de que a arte tem fins exteriores e superiores a ele próprio. Para Kant, por exemplo, a experiência estética permite unir as componentes naturais e numéricas do homem. Ela tem valor porque cumpre uma função antropológica, por assim dizer.

Para John Ruskin a arte serve para educar as populações para valores maiores, nomeadamente os valores tradicionais da nobreza britânica, a honra e a obediência. O seu valor advém da sua função moral. O limite pensa Ruskin, a educação artística pode ajudar a fortalecer o império.

A estética moderna, também inspirada por Kant, tende a afastar-se do modelo clássico e a questionar a relação da arte com outros valores. O desinteresse passa a ser visto por muitos como uma das características distintivas da experiência estética. Beardsley é talvez o maior defensor da independência da experiência estética em relação a outros valores. Mas as contradições não ficam por aqui...

Quando se trata de questionar os juízos de valor estéticos, alguns defendem que estes só podem ser justificados por fatores subjetivos, enquanto outros acreditam que podem ser encontradas razões objetivais para fundamentá-los...
Faculdade da Amazônia Ocidental –FAAO
Disciplina: Estética e História da Arte
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Alunos:
Willian Abreu da Silva
Edilberto Ferreira J. Junior
Marisa de Oliveira

Um comentário:

  1. Parabéns o “blog” esta de excelência! É mais uma ferramenta, opção de aprofundar os nossos conhecimentos e aprendizados. Precisamos de pessoas como você, compromissada e disposta a dar o melhor, fazer o melhor e trazer algo diferente, algo inusitado, inesperado e novo para muitos. Confesso que nem sempre leio. Mas não admito ficar sem ele “blog”. Eu concordo que existe uma diferenciação fundamental entre o belo artístico e o belo natural. O belo da arte está diretamente relacionado com a pureza do espírito enquanto que o belo natural encontra-se diretamente submisso a realidade.
    A arte da escrita consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em libertá-los deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação. Hoje entendo que um dos milagres da vida, é ter um olhar atento a tudo que está na nossa volta. Observar até sem falar, mas observar atenta ao que a vida nos oferece-nos mostra. Existe tanta atitude no germinar de uma semente! A nova plantinha luta contra a casca dura que a protege, e contra o solo que a cobre, e ainda assim, mesmo pequenina, vence tudo e nasce k.
    Admiro quando a palavra consegue ser clara, alcançada, objetiva. Espero que todos aproveitem da melhor forma possível, e que nós também venhamos a ser presenteado com um “blog” tão rico quanto esse. “Espero que a nossa sabedoria cresça com a nossa força, e que nos ensine que quanto menos usamos nossa força, maior ela será”


    Sucesso de sua aluna Jarlene.

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