Enquanto é conhecida a existência de afrescos em igrejas e palácios da época, os mosaicos na Capela Palaciana de Carlos Magno (Catedral de Aachen) se pareciam com as primeiras igrejas cristãs em Roma.
Sabe-se que naquela época, muitas colunas e mármores foram trazidos direito de Roma para a construção de obras na Europa.
Imagens referentes ao interior da Catedral de Aachen
Carlos Magno encomendou diversos exemplares dos Evangelhos em latim, com gloriosas iluminuras. Também enviou artistas Ravena, onde podiam estudar os murais e mosaicos cristãos primitivos e bizantinos.
Carlos talvez tenha contratado artistas gregos para trabalharem nas iluminuras dos Evangelhos. No sepulcro de Carlos Magno foi encontrado o que hoje se chama o Evangeliário de Carlos Magno, fruto de influência marcante da tradição romana.
A arte carolíngia tinha diversos centros monásticos por todo Império, chamados de ateliês. A Escola da Corte de Carlos Magno (também chamada Escola Ada) produziu os primeiros manuscritos, incluindo o Evagelário do Arcebispo Ebbons, o Evangeliário de Godescalco (781–783); os Evangelhos de Lorsch (778–820):
os Evangelhos de Ada:
os Evangelhos Soissons Gospels; e os Evangelhos da Coroação e o Evangelário de Lindau. Eles iniciaram um revival do Classicismo romano, mas ainda mantinham as tradições da merovíngia e da arte hiberno-saxónica.
Mais tarde, na cidade de Reims, formou-se uma nova escola de iluminuras, que produziu o Saltério de Utrecht e o Bern Physiologus (imagem), um texto latino sobre animais.
A arte carolíngia refere-se à arte do período de Carlos Magno, estendendo-se pelos seus sucessores (entre 780 e 900 d.C.) e alargando a sua influência ao período posterior da arte otoniana.
Carlos Magno foi a figura política mais poderosa da Alta Idade Média, pois seus exércitos assumiram o controle de extensos territórios ao norte da Europa. Carlos foi responsável pela imposição do Cristianismo e pelo ressurgimento da arte antiga. Após sua coroação, tornou-se grande patrono das artes. Estes dois momentos da arte medieval são considerados os antecessores do românico e bases da arte gótica.
Além de pautar por uma forte herança céltico-germânica, a arte carolíngia inspira-se na arte romana da Antiguidade Clássica no chamado renascimento carolíngio, resultando numa comunhão entre elementos clássicos e o característico espírito emocional e conturbado da Idade Média.
A sua expressão arquitetonica vai incidir especialmente na construção religiosa caracterizada por pinturas murais, pelo uso de mosaicos e baixos-relevos.
Uma das mais significativas construções deste período é a Catedral de Aachen na Alemanha.
As artes decorativas assumem também um lugar de destaque, especialmente no que diz respeito à produção de marfins, joalheria e iluminuras, esta última caracterizada por um traço extremamente dinâmico, forte e liberto transmitindo energia rítmica.
A arte pré-românica é um período da arte ocidental, a qual tem como marco inicial a dinastia merovíngia mas, podendo retroceder já ao momento da queda do Império Romanodo ocidente com as migrações dos povos germânicospara a Europa.
De um modo geral esse período refere-se a passagem da antiguidade clássica tardiapara o românico e tem como característica as fusões inovadoras entre elementos clássicos da cultura mediterrânea, cristã e germânica. Desta forma esse estilo não se resume a uma região específica da Europa, e sim foi espalhado por toda ela durante um longo período de tempo, destacando-se alguns estilos artísticos próprios.
A partir do momento em que os Humos da Ásia Central “empuram” as tribos nômades germânicas para Este acontece o inicio da invasão da Europa. Onde o império romano do ocidente é aos pouco substituido por diversos reinos germânicos.
O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, teria-se iniciado com a desintegração do Imperio Romano do Ocidente, no século V (em 476 d. C.), e terminado com o fim do Imperio Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (em 1453 d. C.).
Filosofia O homem instruído desses séculos era quase sempre um clérigo para quem o estudo dos conhecimentos naturais era uma pequena parte de sua escolaridade. Esses estudiosos viviam numa atmosfera que dava prioridade à fé e tinham a mente mais voltada para a salvação das almas do que para o questionamento de detalhes do universo físico.
Principalmente a partir do século V, os pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar uma fé que estava amadurecendo, com o intuito de harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Desse modo a Filosofia, que até então possuía traços marcadamente clássicos e helenísticos, passou a receber influências da cultura judaica e cristã. Alguns temas que antes não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: "Fé", "Salvação", "Providência e Revelação Divina" e "Criação a partir do nada" passaram a fazer parte de temáticas filosóficas.
A partir do século IX, desenvolveu-se a principal linha filosófica do período, que ficou conhecida como escolástica. Essa filosofia ganhou acentos notadamente cristãos, surgidos da necessidade de responder às exigências de fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais de toda a cristandade e, por assim dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé.
A questão chave que vai atravessar todo o pensamento filosófico medieval é a harmonização de duas esferas; "a fé" e "a razão". O pensamento de Agostinho (século V) reconhecia a importância do conhecimento, mas defendia uma subordinação maior da razão em relação à fé, por crer que esta última venha restaurar a condição decaída da razão humana. Já a linha de Tomás de Aquino (século XIII) defende maior autonomia da razão na obtenção de respostas, apesar de não negar tal subordinação da razão à fé.
Arte
A maior parte da arte medieval que chegou aos dias de hoje tem um foco religioso — fundamentado Cristianismo. Essa arte era muitas vezes financiada pela Igreja; bem como por figuras poderosas do clero, como bispo; por grupos comunais, como os dos mosteiros; ou por patronos seculares ricos. Como no período a vasta maioria dos camponeses era iletrada, as artes visuais, aliadas aos sermões, eram o principal método para comunicar as idéias religiosas.
Com a invasão dos povos bárbaros em Roma, as pessoas foram para o campo, onde estariam mais seguras. Os grandes proprietários então, construíram castelos, como o Lichtenstein (imagem), com grandes muralhas e segurança para se protegerem dos bárbaros.
Com a queda do Império romano, técnicas artísticas da Grécia antiga acabaram perdidas, entre elas estava muito do que se sabia sobre a noção de perspectiva. A pintura medieval passa a ser predominantemente bidimensional, e as personagens retratadas eram pintadas maiores ou menores de acordo com sua importância. Esse caráter estilizado das obras do período é também entendido como um reflexo próprio daquele contexto cultural, que enxergava a vida com forte ênfase no seu aspecto simbólico. Os artistas medievais não estavam primariamente preocupados com o realismo, a intenção de passar uma mensagem religiosa pedia imagens claras e didáticas ao invés de figuras desenhadas com precisão fotográfica. Ao lado da pintura, a tapeçaria foi a mais importante forma de arte medieval. Isso decorre em muito por sua utilidade ao manter o calor interno dos castelos, construídos de pedra, no inverno.
A mais famosa tapeçaria medieval é o ciclo de "A senhora e o unicórnio" (imagem). As duas principais manifestações arquitetônicas, principalmente relacionadas à construção de catedrais, foram o estilo românico e mais tarde o gótico. Destaca-se também a formação das corporações de ofícios, reunindo artesãos.
Peste negra
Em meados do século XIV, uma doença devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente um terço dos habitantes morreram entre essa doença, guerras e fome. A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente. Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente. Após o contato com a doença, a pessoa tinha poucos dias de vida. Febre, mal-estar e bulbos (bolhas) de sangue e pus espalhavam-se pelo corpo do doente, principalmente nas axilas e virilhas. Como os conhecimentos médicos eram pouco desenvolvidos, a morte era certa. Para complicar ainda mais a situação, muitos atribuíam a doença a fatores comportamentais, ambientais ou religiosos. Muitos fugiam para o meio rural com medo de serem infectados.
Além de desenhar e pintar, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revelava sua preocupação com a beleza e não apenas com a sua utilidade. A exemplo disso podemos observar a Ânfora em terracota da Dinamarca e o Vaso escandinavo em terracota.
Esse período também é marcado por um grande progresso pois os artistas começam a utilizar o metal para a realização dos seus trabalhos, onde possivelmente utilizavam o método com forma de barro ou da técnica de cera perdida.
As esculturas em metal são repletas de detalhes e representam mulheres e guerreiros. Pela riqueza de informações, constituem um precioso documento das vestimentas e atividades realizadas no Neolítico.
Essas esculturas foram encontradas sobretudo na Escandinávia e na Sardenha
Referencia:
PROENÇA, Graça - História da Arte. Ed. Ática, 16ª edição - São Paulo, 1989.
Todas as conquistas técnicas do Neolítico refletiram na arte. O homem, que se tornara um camponês, não precisava ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído pela abstração e racionalização.
A conseqüência imediata foi o abandono do estilo naturalista que predominava na arte do Paleolítico, e o surgimento de um estilo simplificador e geometrizante.
Em lugar de representações que imitavam fielmente a natureza, vamos encontrar sinais e figuras que mais sugerem do que reproduzem seres. Essa é a primeira grande transformação na história da arte.
Mas não foi apenas a maneira de desenhar e pintar que sofreu modificações. Os próprios temas da arte mudaram: começaram a ser representações da vida coletiva.
Agora o artista tinha de dar a idéia de movimento, o que foi conseguido nas cenas de danças coletivas, possivelmente ligadas ao trabalho de plantio e colheita.
A preocupação com o movimento fez com que os artistas criassem figuras leves, ágeis, pequenas e de pouca cor.
Com o tempo, essas figuras foram se reduzindo a traços e linhas muito simples, mas que comunicavam algo para quem as via. Desses desenhos surge, portanto, a primeira forma de escrita, a escrita pictográfica, que consiste em representar seres e idéias pelo desenho.
Uma das mais importantes conquistas na formação das primeiras civilizações humanas estabelece-se em um novo período da Pré-História.
Durante o Neolítico ou Idade da Pedra Polida ocorreram grandes transformações no clima e na vegetação. O continente europeu passou a contar com temperaturas mais amenas e observamos a formação do Deserto do Saara, na África.
A prática da caça e da coleta se tornaram opções cada vez mais difíceis. A agricultura e o conseqüente processo de sedentarização do homem se estabeleceram gradualmente. Além disso, a domesticação animal se tornou uma prática usual entre os grupos humanos que se formavam nesse período.
Esse fato é tão importante que ficou conhecido como Revolução Neolítica, pois transformou profundamente a história humana. A fixação do homem, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção da manada, ocasionou um aumento rápido da população e o desenvolvimento das primeiras instituições como a família, e a divisão do trabalho. Foi nesse mesmo período que, através do atrito, o homem conseguiu produzir o fogo.
Novas formas de organização social surgiam e, assim, as primeiras instituições políticas do homem podem ter sido formadas nessa mesma época. A criação e o abandono de formas coletivas de organização sócio-econômicas podem ser vislumbrados no Neolítico.Conforme alguns pesquisadores, as primeiras sociedades complexas, criadas em torno da emergência de líderes tribais ou a organização de um Estado, são frutos dessas transformações.
No fim do período Neolítico também ocorreu a chamada Idade dos Metais. Nessa época, o desenvolvimento de armas e utensílios criados a partir do cobre, do bronze e, posteriormente, de ferro se tornaram usuais. Com o desenvolvimento dos primeiros Estados e o aparecimento da escrita, o período Neolítico finalizou o recorte de tempo da Pré-História e abriu portas para o estudo das primeiras civilizações da Antigüidade.
PS. A figura acima é uma réplica de habitações típicas do final do Neolítico.
Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura.
Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figura masculina. Predominam as figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas.
Dentre esses trabalhos, destacam-se a Vênus de Savinhano ou Savignano e a Vênus de Willendorf
A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada (Paleolítico Superior) é o naturalismo.
O artista pintava os seres, um animal por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava.
É importante notar que esses desenhos já revelam uma elaboração por parte do artista. Por isso, não existe neles qualquer traço que possa nos levar a compará-los com os desenhos infantis.
Essa arte era realizada por caçadores, e faziam parte de um processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na captura de animais. Ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho.
Outro aspecto que chama a atenção de quem observa as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas, é a capacidade de seus criadores interpretarem a natureza.
As imagens que representam animais temidos estão carregadas de traços que revelam força e movimento. Assim estão retratados os bisontes e outras feras. Mas nas imagens que representam renas e cavalos, os traços revelam leveza e fragilidade.
Como trabalhavam os artistas pré-históricos:
Em suas pinturas, o homem da caverna usava óxidos minerais, ossos carbonizados, carvão, vegetais e sangue de animais. Os elementos sólidos eram esmagados e dissolvidos na gordura dos animais caçados.
Como pincel, com certeza, utilizaram inicialmente o dedo, mas há indícios de terem empregado também pincéis feitos de penas e pêlos.
Conhecido como o mais extenso período da história humana, o Período Paleolítico abrange uma datação bastante variada que vai de 2,7 milhões de anos até 10.000 a.C.. Desprovido de técnicas muito sofisticadas, os grupos humanos dessa época desenvolviam hábitos e técnicas que facilitavam sua sobrevivência em meio às hostilidades impostas pela natureza.
Nesse período, as baixas temperaturas da Terra obrigavam o homem a viver sob a proteção das cavernas.
Uma das mais importantes descobertas dessa época foi o fogo. Com esse poderoso instrumento, os homens pré-históricos alcançaram melhores condições de sobrevivência mediante as severas condições climáticas. Além disso, o domínio do fogo modificou os hábitos alimentares humanos, com a introdução da caça e vegetais cozidos. Sem contar com técnicas de produção agrícola, o homem vivia deslocando-se por diversos territórios.
Praticantes do nomadismo, os grupos paleolíticos utilizavam dos recursos naturais à sua volta. Depois de consumi-los, migravam para regiões que apresentavam maior disponibilidade de frutas, caça e pesca.
Para fabricar suas armas e utensílios, os homens faziam uso de osso, madeira, marfim e pedra. Devido a essas características da cultura material do período, também costumamos chamar o Paleolítico de Período da Pedra Lascada.
Por volta de 40 mil anos, os povos do paleolítico começaram a viver em grupos mais populosos. Ao mesmo tempo, começaram a criar novas moradias feitas a partir de gravetos e peles de animal.
Uma das grandes fontes de compreensão desse período é encontrada nas paredes das cavernas, onde se situam as chamadas pinturas rupestres. Nelas temos informaçoes sobre o homem pré-histórico referente à suas ações cotidianas.
No fim do Paleolítico, uma série de glaciações transformou as condições climáticas do mundo. As temperaturas tornaram-se mais amenas e, a partir de então, foi possível o processo de fixação dos grupos humanos. Com isso, uma série de mudanças marcou a passagem do período Paleolítico para o Neolítico.
O belo agrada, deleita, compraz, alegra. Produz satisfação, dá prazer, felicita. Em casos especiais conduz ao entusiasmo e ao delírio.
Somos nós que revestimos de beleza aquilo que julgamos belo, o conceito do que é belo é construído sob a ótica do observador, depende de seus preceitos culturais e sociais. De fato, a questão sobre o que é ou não belo influencia diretamente muitos aspectos de nossa vida. Em seu livro O que é belo?, Gábor Paál tenta localizar este conceito em meio à estética e o conhecimento.
Enquanto os filósofos a relacionam principalmente com a arte e os psicólogos a vêem como pura sensação de prazer, para o leigo estética é pura questão de gosto. A biologia evolutiva explica que os “ideais de beleza”, pela vantagem seletiva que proporcionam, ficaram programados de algum modo em nosso patrimônio genético. É fato comprovado que as pessoas acham mais agradáveis regiões fluviais e lugares com vegetação verde e exuberante que desertos e montanhas escarpadas. Para nossos antepassados, viver naquelas áreas representava uma vantagem, pela facilidade de conseguir alimento e água e porque ofereciam defesa contra seus inimigos.
A psicologia experimental por sua vez deu origem também ao chamado campo da estética informacional. Pesquisadores demonstraram serem os padrões gráficos os que estimulam a capacidade investigativa do observador, isto é, aqueles capazes de despertar sua curiosidade. Equilíbrio parece ser a palavra chave quando o assunto é estética. Figuras muito simples são monótonas; as muito complexas surgem como uma massa confusa que não desperta interesse. As figuras consideradas mais atraentes pela maioria das pessoas têm exatamente o nível de complexidade capaz de produzir no aparelho perceptivo estruturas de ordem superior, também chamadas de “supersignos”.
Ou seja, um padrão dotado de beleza é caracterizado por um ótimo grau de densidade informacional. Alexander Baumgarten, fundador da estética moderna, definiu a experiência estética como a forma “sensível” do conhecimento – em oposição à forma “racional–conceitual”. Para ele o belo representaria o pólo oposto da razão.
Já Nelson Goodman, filósofo americano, em seu livro Languages of art, censurava essa separação estrita entre as esferas cognitiva e emocional afirmando que: “Colocamos, de um lado, impressões dos sentidos, percepções, deduções, hipóteses, fatos e verdade; de outro, prazer, dor, interesse, satisfação, reações emocionais, simpatia e aversão. Com isso tornamo–nos incapazes de perceber que as emoções funcionam cognitivamente na experiência estética”
Concluímos, portanto, que os objetos estéticos provocam experiências estéticas, que se caracterizam pela unidade, intensidade e complexidade (e isolamento, como vimos). A função dos objetos estéticos será, então, a de provocar experiências estéticas. Mas um bom objeto estético não será aquele que provoca uma má experiência, tal como nunca será um bom carpinteiro aquele que cumpre mal as suas funções.
Um bom objeto estético será obviamente aquele que tem a capacidade de provocar uma boa experiência estética, uma experiência estética de uma magnitude elevada, sendo a magnitude da experiência uma função das suas características, a saber, unidade, intensidade e complexidade. É importante salientar que não basta que o objeto estético tenha a capacidade de provocar uma tal experiência para que seja um bom objeto estético, uma vez que pode verificar-se o caso de condições estranhas ao objeto impedirem que a experiência tenha lugar. Uma sinfonia pode ter a capacidade de provocar uma experiência estética de grande magnitude, mas nunca ser ouvida por ninguém. Para que uma experiência estética se verifique é preciso que o contexto e as características do próprio percipiente o permitam.
Faculdade da Amazônia Ocidental –FAAO
Disciplina: Estética e História da Arte
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Alunos: Willian Abreu da Silva; Edilberto Ferreira J. Junior e Marisa de Oliveira
Antes de considerarmos algumas tentativas de explicar o que é o valor estético, convém distinguir algumas questões que podem ser levantadas acerca dos juízos de valor que pronunciamos sobre as obras de arte. A questão mais geral é a de saber o que faz com que uma obra tenha valor estético. Que capacidade ou propriedade tem uma obra de ter para que seja considerada uma boa obra de arte? Esta é a questão do valor da arte. Uma outra questão é a de saber que razões temos para avaliar uma obra específica como boa, ou seja, quais os motivos para considerarmos uma obra melhor ou pior que outra? Estes critérios de avaliação, eventualmente numerosos, poder-se–ão subsumir sob um número reduzido de critérios gerais?
Uma outra questão ainda é a de saber se pode aduzir-se razões para que duas pessoas inicialmente discordantes acerca de uma obra possam chegar a um acordo. Estas são questões acerca da avaliação das obras de arte. Um exemplo poderá ajudar-nos a distinguir estas questões: suponhamos que interrogamos Vasari, arquiteto e biógrafo seiscentista, acerca do valor da arte.
Poderia dizer-nos que as obras de arte têm valor porque elas são um meio para a comunicação de Deus com o homem. Teria respondido à questão do valor. Mas suponhamos que vamos mais longe e queremos saber que razões temos para acreditar que A Criação de Adão de Miguel Ângelo é uma obra com maior valor estético que A Bacanal de Ticiano. Quando Vasari respondesse que A Criação de Adão é um meio mais eficaz para que Deus nos mostre as suas obras e o seu caráter (mostrando-nos o valor da obra de Miguel Ângelo), poderíamos ainda continuar a perguntar por quê. Vasari dar-nos-ia, então, as razões que temos para avaliar uma obra como superior à outra. Diria por exemplo, que A Criação de Adão contém vivacidade e por isso mostra a vivacidade da criação divina, exibe o dinamismo, a grandiosidade e a subtileza da criação divina.
Depois disto seria ainda legítimo perguntar se todos estes critérios específicos podem reduzir-se a um critério mais geral. Vasari responderia provavelmente que o critério geral (ou um dos critérios gerais) para considerarmos A Criação de Adão como uma boa obra de arte é a semelhança desta com os atos divinos. Poderia ainda acrescentar que A Bacanal de Ticiano é uma obra de inferior valor estético exatamente porque nela não encontramos tal semelhança. Estariam então respondidas algumas questões sobre a avaliação das obras de arte.
Como se pode ver pelo exemplo, responder à questão do valor não é o mesmo que responder a questões de avaliação. No entanto, uma teoria da avaliação está sempre dependente de uma teoria do valor. Se considerarmos que o valor das obras de arte consiste na sua função cognitiva, iremos avaliá-las de acordo com a quantidade ou qualidade dos elementos que possuem e que contribuem para o conhecimento; caso acreditemos que o seu valor consiste em permitir ao artista expressar-se, por exemplo, procuraremos avaliá-la tendo em conta a quantidade e qualidade dos elementos através dos qual o artista se expressou – e eventualmente através da importância que damos ao que foi expresso. Apesar desta dependência, não deve pensar-se que sempre que há uma teoria do valor existe uma teoria da avaliação. Beardsley e Goodman ambos procuram responder à questão do valor, mas apenas Beardsley apresenta uma teoria da avaliação.
Todo povo tem o direito de ter, sentir, cantar e apreciar a sua música. Não é possível considerar a música como algo à parte na vida dos indivíduos. Por concebê-la como um fenômeno vivo da criação de um povo. Também não pode ser considerada um enfeite, uma diversão das elites. A música é superior a tudo isso, ela é a própria voz da nação.
Schopenhauer (apud. READ, 1978, p. 19) "foi o primeiro a dizer que todas as artes aspiram à condição da música". Tal observação provocou divergências, apesar de ser considerada verdade. Aquele filósofo encarava as qualidades abstratas da música por ser possível, ao artista, dirigir seu apelo diretamente ao público, dispensando a intervenção de um meio de comunicação de uso comum para outros fins.
[...] O papel da arte na educação é grandemente afetado pelo modo como o professor e o aluno vêem o papel da arte fora da escola.[...]. Uma educação pela arte não é, necessariamente, anticientífica, pois a própria ciência depende da clara manifestação de fenômenos sensoriais e é, forçosamente, retardada pelo "jogo da linguagem". Mas uma educação pela arte não prepara os seres humanos para os atos irracionais e mecânicos da indústria moderna, não os concilia com um lazer destituído do propósito construtivo, não os deixa satisfeitos com o entretenimento passivo. (READ, 1968, p. 33)
Deve-se ter uma visão ampla, pois a arte está em toda parte, na vida que passa. Até onde a mão e a presença humana alcançam, o ato criador está presente. A arte contemporânea não é mais comportada, ela é efêmera. Convive-se com a arte, que ultrapassou as portas dos museus.
Os trabalhos com obras de arte devem estar relacionados com a apreciação, a contextualização, no seu tempo e espaço, porque a arte não está separada da economia, política e dos padrões sociais que operam na sociedade. Estes trabalhos poderão ser um fator determinante para a transformação da educação, formando indivíduos capazes de perpetuar e transformar a arte como artistas ou apreciadores. (BARBOSA, 1999, p.57).
Necessário nesse caminho será a criação de novos valores, já que esta transformação se constitui em ameaça aos atuais sistemas. O processo de criação efetiva-se em duas vertentes. Como educadores, percebe-se pelo lado de fora; como artistas, ele é visto por dentro; e ambos os processos integrados, constituem o ser humano completo. Educa-se para promover a inteligência, para promover a atividade, para assegurar o progresso. Arte-educação é epistemologia da arte e, portanto, é a investigação dos modos como se aprende arte na escola, quer seja no ensino fundamental, médio ou superior, ou mesmo na intimidade dos ateliers.
Hoje em dia, dentro de uma visão fenomenológica, considera-se o belo como uma qualidade de certos objetos singulares que são dados à percepção. O objeto é belo porque realiza seu destino e carrega um significado que só pode ser percebido na experiência estética. Cada objeto singular estabelece seu próprio tipo de beleza. O belo e a expressão artística são atingíveis somente pela interpretação mental e, por conseguinte, se constituem objetos apenas de sentimento estético superior.
Diferencia-se o sentimento estético diante dos demais sentimentos comuns, em vista de serem estes últimos produzidos pelos objetos comuns e não pelos artísticos e belos. Por outro lado, afirma-se que a atitude que propicia a experiência estética, em arte, ocorre gratuitamente, isto é, não visa a um interesse prático e imediato. No entanto, não se pode-entender a gratuidade dessa experiência como inutilidade, uma vez que ela responde a uma necessidade humana e social. Tal enfoque é feito por Dewey, (1952, p. 54): "O princípio de que o desenvolvimento da experiência se faz por interação do indivíduo com pessoas e cousas significa que a educação, essencialmente, um processo social".
A experiência estética não visa ao conhecimento lógico medido em termos de verdade e ação imediata nem pode ser julgada por sua utilidade para determinado fim. Ela se dá pela presença tanto do objeto estético como do sujeito que o percebe, manifestando acordo entre a natureza e o sujeito numa espécie de comunhão, cuja via de acesso é o sentimento. Esse sentimento, portanto, não é emoção, é conhecimento.
Criar e conhecer são indissociáveis, e a flexibilidade é condição fundamental para aprender. Não conhecer arte é ter uma aprendizagem limitada. A arte produz conhecimentos e envolve a experiência de refletir como objeto do conhecimento.
Ao contrário do que se pensa, o conhecimento, muitas vezes, é obtido pelas observações efetivadas pelos sentidos:
Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo foi concebido
Daquilo que eu sei.[...] (LINS, 1980).
Por outro lado, as propriedades psicológicas da arte importam, sobretudo, pelos efeitos que exercem sobre o comportamento do indivíduo.
Considera-se a esteticidade como uma das propriedades psicológicas da arte. Trata-se de um sentimento de satisfação provocado pelo conhecimento. Portanto, a esteticidade da arte pode ocorrer em dois níveis.
A esteticidade do significante é pré-artística e decorre do portador material da obra de arte. As formas da escultura, antes mesmo de serem portadoras de expressão, podem manifestar-se como belas. O mesmo pode acontecer com as cores da pintura e os sons da música, apreciáveis esteticamente no momento pré-artístico.
Já a esteticidade como significado é artística, resulta da informação contida na expressão. Essa informação proveniente da arte é sempre intelectual, porque somente a inteligência consegue interpretar o que a arte diz.
Ambas as esteticidades são apreciáveis propriedades da Arte, mas é preciso distingui-las com clareza. Conseqüentemente, a esteticidade propriamente artística é sempre de ordem superior, situada no plano do sentimento racional. A esteticidade pré-artística situa-se a nível racional quando se trata do belo.
Nessa perspectiva, observe-se como é focalizada a beleza sob a ótica do compositor Caetano Veloso: Não me amarra dinheiro não
Mas formosura
Dinheiro não
A pele escura [...]
Moça preta do Curuzu
Beleza pura [...] (VELOSO, 1987)
Percebe-se, assim, como a estética, freqüentemente, aparece ligada à noção de beleza. É exatamente por causa dessa ligação que a arte vai ocupar um lugar privilegiado na reflexão estética, já que, durante muito tempo foi considerado como sua função primordial exprimir a beleza de modo sensível.
Assim sendo, a função estética da obra de arte é aquela que instaura um jogo de linguagem em torno de um objeto significante: de um lado está o artista, o criador do objeto; de outro, está o contemplador, o intérprete dos conceitos estéticos que o artista tem a intenção de juntar ao objeto significante.
A esteticidade é um sentimento de satisfação provocado pelo conhecimento quando considerado como um bem. Resolver um simples problema da matemática resulta em prazer, que é de natureza estética, por ter provocado um conhecimento. Neste mesmo plano do conhecimento também a arte gera esteticidade.
Se conhecimentos sensíveis são um bem para faculdades sensíveis, seu agrado estético é, também, sensível. Da mesma forma, se os conhecimentos intelectuais são um bem para a faculdade da inteligência, seu agrado estético é, por sua vez, racional.
Sempre que as ciências produzem conhecimentos, por mais diversos que estes sejam, resultam em esteticidade. Varia o grau de esteticidade da arte conforme o objeto que se apresenta. Assim, percebe-se por que a música é considerada como a mais estética entre todas as artes. Sumamente prazerosa, a música é a mais agradável das expressões artísticas. "Mais agradável que a música, só mesmo o silêncio". (DANTE VEOLECI, [s.n.t])
Os objetos abstratos, que a arte formal oferece, apesar de seu intelectualismo, também são capazes de provocar sentimento estético. Assemelha-se a esteticidade da arte abstrata a esteticidade dos objetos científicos, tais como os da matemática ou da filosofia. É notório que a súbita solução de problemas matemáticos, filosóficos, sobretudo transcendentais despertam grande satisfação.
Das relações entre a arte e os homens resultam três diferentes concepções da arte: a arte como ciência; a arte como experiência estética e a arte como conhecimento. Assim sendo, questiona-se: Que relações existem entre a reação estética e as demais reações do homem? Como se relacionam arte e vida? Numa complexidade de inter-relações, diz Vygotsky, (1998, p. 259): A reação estética lembra o fato de tocar piano: é como se cada componente da obra de arte tocasse a respectiva tecla sensorial do nosso organismo, recebendo como resposta um som ou um tom sensorial, e toda reação estética fosse constituída de impressões emocionais que surgem como resposta aos toques nas classes.
Isso significa que a arte pode criar uma imensa necessidade de atuar. Dependendo daquilo que libere ou reprima, ela pode nos impulsionar a aspirar além da vida. Surgindo da vida e para ela se dirigindo, o papel da arte é fundamental como atitude dialética de edificação da vida, tanto que era exercida por curandeiros ou sacerdotes que compreendiam o mundo de forma mítica.
A historicidade do homem sempre esteve relacionada com a arte, a ponto de seu ensino-aprendizagem participar das normas e valores estabelecidos nos ambientes culturais da produção artística de todos os tempos.
A arte não tem equivalente exato nas antigas línguas européias, que são muito complexas em sua terminologia. Então, nada melhor do que recorrer ao seu significado etimológico. A palavra "arte" deriva do latim ars − talento, saber fazer.
Alguns filósofos isolam determinadas características encontradas em todas as artes e a percebem, sob o olhar da ciência da arte, na estética e na metafísica. Platão, por exemplo, percebeu uma distinção entre Arte e Ciência.
Arte, para Platão, é o raciocínio, como a própria filosofia no seu grau mais alto, isto é, a dialética. Arte é tudo, é todo e qualquer conhecimento. É a poesia, embora a esta seja indispensável uma inspiração delirante. É política, guerra, medicina. Arte é respeito e justiça, sem os quais os homens não podem viver juntos nas cidades. Desse modo, para Platão, a arte compreende todas as atividades ordenadas.
Aristóteles restringiu notavelmente o conceito de arte. Ele afirmava que "a natureza é princípio da coisa mesma; a arte é o principio em outra coisa". (apud JUPIASSU, 1990, p. 26). Tal ótica baseia-se na arte pré-artística, isto é, a natureza existe e, por conseguinte, a arte foi criada a partir da natureza.
Na verdade, a arte não esgota os poderes da imaginação, mesmo que se satisfaça a necessidade normal da expressão estética. "A arte não tem importância para o homem somente como instrumento para desenvolver sua criatividade, sua percepção etc., mas tem importância em si mesma, como assunto, como objeto de estudo." (BARBOSA, 1975, p. 90)
Arte é qualidade e exercita a habilidade de julgar e de formular significados que excedem a capacidade de dizer em palavras. É o limite que nossa consciência excede é a superação, pela nossa consciência, dos limites impostos pelas palavras.
A afirmação "a arte começa onde apenas começa", (VIGOTSKY, 1998, p. 249) significa que a verdadeira arte se revela nos elementos ínfimos pincelados num quadro, acrescidos a um texto, marcados numa escultura. Vygotsky diz também que a arte é uma catarse. Transmutando os sentimentos no seu contrário, na direção inversa à habitual, ela se converte em poderosíssimo instrumento de descargas nervosas, e esse caráter contraditório é a sua alma.
Fisher (1997, p. 11) concebe a arte como o "substituto da vida". A arte concebida como o meio de colocar o homem em estado de equilíbrio com o meio circundante refere-se a uma idéia que contém o reconhecimento parcial da natureza da arte e da sua necessidade.
Mas será mesmo a arte um substituto da vida? Ou será que ela expressa a relação profunda que há entre o homem e o mundo? O homem deseja absorver o mundo a seu redor, integrá-lo a si. Além disso, anseia por entender a ciência e a tecnologia. Enfim, o homem quer entender o seu "eu" curioso, bem como tornar social a sua individualidade.
Para que haja equilíbrio entre o homem e o mundo que o circunda, a arte será indispensável. Ela facilitará essa união do indivíduo com o todo, apontando, assim, o caminho para a sua plenitude. Logo, esta relação dialética é inerente à arte, uma vez que ela não só é necessária para determinada função, mas continuará sendo sempre necessária.
A arte manifesta-se nas chamadas artes plásticas ou visuais, da palavra e da música. Qualquer que seja seu enfoque, sempre estão presentes os pressupostos da estética, da filosofia da arte, da psicologia da arte e da ciência da arte, fundamentados, de um modo ou de outro, na harmonia.
Toma-se como exemplo a música e compara-se o músico com o arquiteto. Ambos trabalham com a harmonia. O músico, com a harmonia dos sons e o arquiteto, com a harmonia do espaço.
O simples fato de ser a música uma combinação de sons sucessivos ou simultâneos, certos ritmos, seqüências de tons e imagens sonoras provocam associações automáticas que despertam a participação direta de quem os ouve. Com isso, vê-se que a música, a mais surpreendente das artes, suscita um sentimento indefinido, capaz de permitir diversas associações.
[...] Embora a arte possa ser aparentemente apreciada por qualquer pessoa do povo, sobretudo a música, ela vive, na realidade, numa atmosfera diferente de que se supõe. É como a certeza que nem todo mundo de mediana cultura, da existência do oxigênio do ar atmosférico, mas ninguém o vê. (VILA LOBOS, 1991, p. 8)
As questões acerca do valor da arte, ou de determinadas obras de arte, surgem quando procuramos fundamentar o que dizemos aos outros ou a nós próprios sobre as obras de arte. E a grande maioria das nossas considerações sobre as obras de arte, é, de uma forma ou de outra, juízos de valor.
Quando afirmamos que vale a pena ver um filme ou que o trabalho de um escritor específico deveria ser mais divulgado, estamos a mostrar aos outros que atribuímos valor às referidas obras. Supostamente, como estas são obras de arte, estamos a atribuir-lhe valor estético, ainda que possamos acreditar que estas possuem também valor moral, religioso ou até econômico.
As tentativas de esclarecer as questões acerca do valor estético são variadas e muitas vezes contrárias. Pode considerar-se a experiência estética como tendo valor em si mesmo ou como sendo um meio para atingir valores maiores.
Na estética clássica domina a idéia de que a arte tem fins exteriores e superiores a ele próprio. Para Kant, por exemplo, a experiência estética permite unir as componentes naturais e numéricas do homem. Ela tem valor porque cumpre uma função antropológica, por assim dizer.
Para John Ruskin a arte serve para educar as populações para valores maiores, nomeadamente os valores tradicionais da nobreza britânica, a honra e a obediência. O seu valor advém da sua função moral. O limite pensa Ruskin, a educação artística pode ajudar a fortalecer o império.
A estética moderna, também inspirada por Kant, tende a afastar-se do modelo clássico e a questionar a relação da arte com outros valores. O desinteresse passa a ser visto por muitos como uma das características distintivas da experiência estética. Beardsley é talvez o maior defensor da independência da experiência estética em relação a outros valores. Mas as contradições não ficam por aqui...
Quando se trata de questionar os juízos de valor estéticos, alguns defendem que estes só podem ser justificados por fatores subjetivos, enquanto outros acreditam que podem ser encontradas razões objetivais para fundamentá-los...
Faculdade da Amazônia Ocidental –FAAO
Disciplina: Estética e História da Arte
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Alunos: Willian Abreu da Silva Edilberto Ferreira J. Junior Marisa de Oliveira